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Língua portuguesa
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!
A
B
B
A
B
A
A
B
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
C
D
C
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
D
E
a) Escreva em seu caderno como são as rimas do "Soneto da língua-mãe", de Gregório Duvivier, identificando-as com
letras, como no poema de Bilac.