O período colonial brasileiro (1500-1822) foi marcado por crises econômicas, sociais e políticas que culminaram na independência do Brasil. A exploração do açúcar e, posteriormente, do ouro sustentou a economia colonial, mas ambos os ciclos entraram em declínio, gerando crises econômicas. A concorrência com o açúcar das Antilhas e a exaustão das minas de ouro minaram a capacidade de Portugal de manter seu domínio.
Internamente, surgiram conflitos como a Inconfidência Mineira (1789) e a Revolução Pernambucana (1817), refletindo o descontentamento com os altos impostos e a rígida administração portuguesa. Essas rebeliões evidenciaram o desejo crescente de autonomia. No cenário internacional, a Independência dos Estados Unidos (1776) e as Revoluções Francesa (1789) e Haitiana (1791) inspiraram movimentos emancipacionistas na América Latina.
A invasão de Portugal por Napoleão em 1807 e a transferência da corte portuguesa para o Brasil em 1808 aumentaram a autonomia administrativa e econômica do Brasil. A criação do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves em 1815 reconheceu formalmente a importância do Brasil, mas as tentativas de reverter as concessões feitas durante a presença da corte no Rio de Janeiro geraram atritos.
Em 1822, influenciado pelas elites locais e pelas ideias liberais, Dom Pedro I proclamou a independência do Brasil, marcando o fim do período colonial. Essa transição de colônia a nação independente foi complexa, mas estabeleceu as bases para o desenvolvimento do Brasil como um país soberano. Assim, a combinação de crises econômicas, conflitos internos e influências externas foi crucial para o fim do período colonial e a emancipação do Brasil.
