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Leia o texto antes de responder
É a vaidade, Fábio, nesta vida Rosa, que de manhã lisonjeada, Púrpuras mil, com ambição dourada, Airosa rompe, arrasta presumida. É planta, que de abril favorecida, Por mares de soberba desatada, Florida galeota empavesada, Sulca ufana, navega destemida.
É nau enfim, que em breve ligeireza, Com presunção de Fênix generosa, Galhardias apresta, alentos preza:
Mas ser planta, ser rosa, ser nau vistosa De que importa, se aguarda sem defesa Penha a nau, ferro a planta, tarde a rosa?
e este também
Que és terra Homem, e em terra hás de tornar-te, Te lembra hoje Deus por sua Igreja, De pó te faz espelho, em que se veja A vil matéria, de que quis formar-te.
Lembra-te Deus, que és pó para humilhar-te, E como o teu baixel sempre fraqueja Nos mares da vaidade, onde peleja, Te põe à vista a terra, onde salvar-te.
Alerta, alerta pois, que o vento berra, E se assopra a vaidade, e incha o pano, Na proa a terra tens, amaina, e ferra.
Todo o lenho mortal, baixel humano Se busca a salvação, tome hoje terra, Que a terra de hoje é porto soberano.
Os dois poemas apresentam aspectos em comum, como o tipo de composição, as imagens e o tema. Compare-os e responda: a) Que tipo de composição poética foi empregada nos dois textos? b) Os dois poemas são ricos em imagens. Uma das imagens do texto I é criada pela metáfora da nau ( embarcação ). Destaque do texto II um verso que corresponde a essa mesma imagem.
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