“A desigualdade escolar reproduz e reforça a desigualdade econômica. As diferenças econômicas, todavia, influirão decisivamente na desigualdade dos resultados futuros que os estudantes obterão, mostrando os limites da educação, muito mais condicionada que condicionante, obedecendo às regras do jogo antes que as estabelecendo, já que a estrutura econômica é a realidade fundamental”. ROSSI, W. G. Capitalismo e educação: contribuição ao estudo crítico da economia da educação capitalista. 2. ed. São Paulo: Moraes, 1980. p. 77. A questão da educação, em vista das disputas sociais e econômicas, é percebida nas correntes pertencentes à tendência progressista, tendo uma implicação na discussão sobre a relação entre o âmbito racional e o social do processo educacional. Considerando essa discussão, assinale a seguir a alternativa que melhor exprime a compreensão dessa tendência pedagógica em paralelo à citação feita e a teoria marxista da luta de classes. Em relação ao papel reprodutor da educação tradicional de uma desigualdade econômica e social, o processo educacional não pode deixar de lado a crítica social, empreendida pela tendência progressista e influenciada pela teoria marxista. A tendência pedagógica progressista tem como foco a crítica social, não estabelecendo um vínculo entre processo educacional e produtivo, mas uma busca de igualdade entre as classes sociais, como aponta a teoria marxista. A educação tradicional tem um papel reprodutor da desigualdade social e econômica porque visa manter a dominação de uma classe. Como expôs Marx, é necessário que haja uma igualdade entre as oportunidades existentes para ricos e pobres. Tendo em vista os pressupostos da tendência progressista e a teoria marxista, compreende-se que a educação só será satisfatória quando o sistema capitalista for modificado, acabando com a luta de classes. Compreende-se que a educação só terá resultados satisfatórios se atrelada a uma evolução econômica da sociedade, algo que Marx contradiz ao propor a supremacia de uma